quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Biblioteca Tradicional vs Biblioteca Digital - desafios

Acima de tudo, o aparecimento de um novo conceito de bibliotecas lançou um enorme desafio às ditas bibliotecas tradicionais.

É inequívoco que através dos avanços tecnológicos as bibliotecas digitais não se limitam apenas à criação de catálogos ou portais de acesso, mas disponibilizam sim a leitura dos próprios documentos por intermédio da tecnologia digital, esta será a "imagem de marca" destes novos sistemas de informação.

Para além de novos serviços basedos em novas tecnologias, as bibliotecas digitais não devem ser apenas consideradas como um conjunto de colecções digitalizadas, devem antes de mais assumir um papel social e cultural cada vez mais exigente e adequado à sociedade moderna. E porque não pensarmos que ambas se complementam: nem toda a informação que necessitamos está na internet e nem sempre que temos necessidade de pesquisar algo temos a obrigatoriedade de nos deslocarmos "fisicamente" à Biblioteca?

3 comentários:

Nuno de Matos disse...

Há, hoje, vários serviços de e-books. Uns e-books compram-se e pronto, outros compram-se em pacotes e ainda outros compram-se em número e vão mudando consoante as necessidades dos utilizadores da biblioteca.

Neste cenário não estará a biblioteca, ou comprar um serviço desses, a dar como que uma garantia a quem acede a esses livros on-line? Iria a biblioteca comprar um serviço que não respeitasse os parâmetros mínimos de credibilidade?

Talvez a biblioteca tenha também que abrir as portas à interactividade deixando cair o aspecto fechado que a caracterizou no passado

Anônimo disse...

O desafio das bibliotecas tradicionais será o de saber prestar um serviço público actualizado. Se eu sei que a biblioteca tem um livro recente, com as mais recentes descobertas de um determinado assunto, eu vou querer ler esse livro. Porquê? Não conheço ninguém que goste de ler um livro no computador. É mais cansativo para os olhos, estamos limitados no espaço -a não ser que se tenha um portátil e aí estamos limitados ao tempo correspondente da descarga da bateria- e é mais difícil de transportar. E nem toda a informação que se lê na Internet é fidedigna. Não se pode pensar que a primeira página (webpage) que encontramos está certa. É preciso saber "filtrar" a informação. Um livro acompanha-nos e vai-se lendo. Lê-se na paragem do autocarro, no café, à noite antes de dormir.. E se aborda assuntos científicos é mais fiável. Sabemos que tem um autor que não pode escrever qualquer coisa. Porque este depois tem a avaliação do editor e dos críticos.

Nuno de Matos disse...

Concordo, no entanto existe outra vertente, mais prática, que as novas tecnologias também trouxeram para a biblioteca. O catálogo sempre actual e sempre acessível, a possibilidade de reservar livros e renova-los sem ter que se deslocar, maior interactividade entre os intervenientes, etc.

Claro que os e-books e mais importante ainda, as revistas on-line têm ganho um grande crescimento. Se para os nados até meados da década de 80 este poderá ser um mundo estranho os já chamados “milleniuns” não partilham dessa visão. Impressão ou invés da fotocópia, a capacidade de pesquisa com a informação pretendida como resultado, maior predisposição para a partilha de informação… Este é um “mundo” novo que as bibliotecas deverão agarrar.